MP busca parceria com Banco Mundial

O Ministério Público do Estado do Ceará tem buscado firmar parceria com o Banco Mundial para captar investimentos financeiros no combate à corrupção. Na tarde desta quinta-feira (11), foi realizada uma videoconferência com a assessora do Banco Mundial para assuntos da América Latina e Caribe, Lisa Bhansali, e o titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, promotor de Justiça Ricardo Rocha. Este foi o segundo encontro para discutir a possibilidade de uma doação do BM para otimizar as atividades do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do MP.

Ficou acertado que o MP encaminhará um ofício detalhando os equipamentos, softwares e treinamento pessoal necessários, além da meta que se deseja alcançar com a doação financeira. O envio do ofício deve ser feito em aproximadamente 15 dias. O valor da doação ainda não foi definido, mas, segundo o BM, pode chegar a 480 mil euros. Uma nova reunião deve ser agendada entre os dias 6 e 10 de maio, em Fortaleza.

Com o investimento, o MP espera ampliar as ações preventivas contra a corrupção e possibilitar o aumento considerável de recuperação de ativos desviados do patrimônio público. Segundo Ricardo Rocha, mais da metade dos processos em tramitação acabam caindo na impunidade por falta de condições físicas de concluir todos os processos a contento e em tempo hábil. “Queremos dotar as promotorias de Justiça do Ceará de condições adequadas de trabalho”, justifica. Para Lisa Bhansali, é de interesse do Banco Mundial apoiar sistemas nacionais de anticorrupção, como o Ministério Público.

O primeiro encontro entre o BM e o MP ocorreu em janeiro. O representante do BM Adelino Pereira procurou o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público após realizar uma pesquisa sobre o combate à corrupção. Dentre as ações que chamaram a atenção do banco, a recomendação para que o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, criasse a Secretária Anticorrupção. Na ocasião, membros do MP apresentaram todas as ações preventivas e repressivas realizadas nos últimos anos, demonstrando os bons resultados na recuperação de ativos do patrimônio público atingidos pela corrupção.

Fonte: Ascom